sábado, 8 de novembro de 2008

Os Atobás do Arquipélago de Abrolhos

Na minha opinião, uma coisas mais bacanas de se fazer no Arquipélago de Abrolhos é observar o comportamento dos Atobás a curta distância.

(clique nas fotos para ampliá-las)


No alvorecer, os atobás preparam suas penas para mais um dia de pesca. Esses exímios mergulhadores alcançam até 8m de profundidade em busca de peixes e lulas, seu principal alimento.


Na área de Abrolhos ocorrem duas espécies de Atobás: o Branco (Sula dactylatra), também conhecido como Atobá-Mascarado ou Atobá-Grande, e o Marrom (Sula leucogaster).

O Atobá-Branco é o maior de sua espécie, com envergadura que alcança a 1.5m. Essa espécie nidifica exclusivamente em ilhas oceânicas, como a Ilha Siriba em Abrolhos, e é raramente vista em áreas costeiras. Já o Atobá-Marrom tem uma distribuição muito maior, e é comumente visto pescando na beira das praias.



Um casal de Atobás-Brancos prepara seu ninho - a vegetação rasteira das ilhas não permite a construção de ninhos elaborados, sendo estes feitos apenas de pequenos gravetos e pedras.



Atobá-Marrom juvenil pousado na proa de nosso barco. Note como o barco balançava pela inclinação do horizonte.



A ilha Siriba é a única ilha onde é permitido o desembarque em Abrolhos. Nela existe uma trilha 'educativa' em seu entorno, utilizada pelos Guarda-Parques para educar os visitantes sobre a fauna que vive nas ilhas. Como essa trilha é freqüentada quase que diariamente por turistas, os Atobás-Brancos que nidificam na Siriba passaram a tolerar a presença humana, sendo possível fotografar seus comportamentos a curta distância. Mostro ao longo dessa postagem alguns dos comportamentos que consegui registrar em nossa breve passagem pelo arquipélago em 2007.



Para realizar seus espetaculares mergulhos, os atobás secretam uma substância especial que impermeabiliza suas penas. Estes contam com ajuda de outros para cuidar das penas em áreas que seus bicos não alcançam.



Um filhote recém-nascido tenta chamar a atenção da mãe em busca de alimento.



Tentando se esconder em meio a vegetação rasteira, um pequeno filhote de algumas semanas observa curiosamente o fotógrafo.



Todas as fotos são (c) Charles Young

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Charles

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